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ESG no agro: uso do sensoriamento remoto e IA na soja sustentável
No ESG no agro, sensoriamento remoto e IA são essenciais para a soja sustentável. Entenda como tecnologias atendem à Moratória da Soja e EUDR
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SpectraX - 26 de março de 2025

Os holofotes do mundo estão sobre o agronegócio do Brasil e são cada vez maiores as cobranças por uma produção sustentável, sobretudo de soja, principal commodity brasileira.

 

Com regulamentações, como a Moratória da Soja e a EUDR (European Union Deforestation Regulation), produtores e traders precisam de soluções escaláveis para monitoramento ambiental, rastreabilidade e compliance.

 

Nesse cenário, o uso do sensoriamento remoto e IA (Inteligência Artificial) se consolidam como aliados estratégicos para o atendimento das melhores práticas de ESG na soja.


Saiba neste artigo como essas tecnologias são usadas para identificação de cultivares e áreas de risco de forma automatizada, assegurando tanto o cumprimento das obrigações quanto o ganho de vantagem competitiva no mercado global. Boa leitura!  

 

 

O que é ESG no agro?

 

O ESG no agro é a base de todas as ações de uma empresa do agronegócio que visa a redução dos impactos ambientais, a construção de um ambiente mais justo para seus colaboradores e pessoas ao redor, bem como as melhores práticas de administração.

 

A aplicação do ESG no agronegócio pode ser feita tanto em fazendas quanto no resto da cadeia produtiva. O grande desafio é a busca pelo equilíbrio entre as ações de ESG e a sustentabilidade econômica do negócio.

 

As práticas de ESG envolvem:

 

  • o uso racional da água;

  • as práticas conservacionistas e de regeneração do solo;

  • as ações para redução das emissões de gases de efeito estufa;

  • o uso de tecnologias da agricultura 4.0 para aplicação de insumos à taxa variada;

  • a preservação do bem-estar, a segurança e a saúde dos colaboradores e seus familiares;

  • a preservação dos biomas onde a propriedade rural está inserida, com ações de reflorestamento e regeneração da mata nativa;

  • a redução do desmatamento;

  • a promoção do bem-estar animal;

  • a gestão dos resíduos;

  • as boas relações com comunidades rurais do entorno;

  • e a boa governança corporativa, sendo a primeira a dar exemplo das práticas de ESG, prezando pela ética e a conformidade com leis e regulamentações.

 

Todas as ações de ESG devem estar bem definidas e serem difundidas entre todos os colaboradores para que sejam implementadas com sucesso e não haja dúvidas sobre o que deve ser feito.

 

De grande importância é também a conscientização dos colaboradores de que tais práticas são fundamentais para a sustentabilidade do negócio, sendo por isso que o primeiro a dar o exemplo deve ser quem está no topo da administração.

 

Para que o ESG seja praticado com eficiência, é necessário a utilização das tecnologias da agricultura de precisão e digital, o que requer capacitação e treinamento regular dos colaboradores das empresas rurais para saber lidar com os sistemas.

 

 

Quais são os 3 pilares do ESG?

 

Os 3 pilares do ESG são o ambiental, social e governança, na tradução direta do inglês Environmental, Social and Governance.

 

1. Ambiental

No agronegócio, o pilar ambiental do ESG se relaciona com a adoção de estratégias e uso de tecnologias que auxiliam a reduzir os impactos no meio ambiente.

 

O setor agropecuário do Brasil tem se destacado nos últimos anos com a adoção de práticas sustentáveis, sendo as principais:

 

  • o Sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta);

  • os sistemas agroflorestais (SAFs);

  • o sistema de plantio direto;

  • a recuperação de pastagens degradadas;

  • a fixação biológica do nitrogênio (FBN);

  • as florestas plantadas;

  • o tratamento de dejetos de animais;

  • as adaptações às mudanças climáticas

      

A adoção dessas práticas tem sido incentivadas sobretudo pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e pelo Plano ABC (agricultura de baixo carbono), que financia via Plano Safra (Programa ABC) projetos agrícolas de sustentabilidade ambiental.

 

Metas do Plano ABC

Alcance do Plano ABC no Brasil 

(Fonte: Ministério da Agricultura)

 

2. Social

No ESG, o pilar social diz respeito às relações humanas com os colaboradores, seus familiares e comunidades do entorno ao empreendimento rural.

 

É de grande importância, neste sentido, que sejam buscadas por parte dos administradores a adoção de boas práticas de relacionamento e promoção do desenvolvimento econômico e social.

 

Dentre elas estão:

 

  • o respeito às leis trabalhistas;

  • a promoção da segurança e saúde dos trabalhadores;

  • a capacitação e treinamento para o trabalho seguro e eficiente;

  • o fornecimento de equipamentos adequados e instalações com infraestrutura adequada para alimentação e repouso;

  • a valorização da mão de obra local;

  • a promoção de ações que impactam comunidades locais, como reforma de escolas, postos de saúde, melhoria de estradas vicinais e praças. 

 

Outro ponto importante é a busca por resolução pacífica de possíveis conflitos pela terra ou pela água, devendo-se sempre prezar pelo diálogo e o bom entendimento entre as partes.

 

3. Governança

O pilar governança no ESG se relaciona com as diretrizes da administração das empresas rurais, que devem seguir os mesmos princípios da transparência da gestão das indústrias. 

 

A sigla ESG apareceu pela primeira vez num relatório de 2004 do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial chamado Who Cares Wins (ou Ganha quem se importa).

 

Ao longo dos anos, ele veio sendo incorporado ao mundo corporativo, sobretudo por conta da intensificação das mudanças climáticas e seus efeitos, o que gerou uma série de acordos para redução das emissões de gases poluentes e preservação do meio ambiente.

 

Empresas e governos têm se comprometido com o ESG, cujas ações se tornaram obrigatórias nos relatórios anuais de sustentabilidade das companhias de diversos setores, e nos últimos anos com mais intensidade em empresas do agro.

 

Assim, a adoção do ESG em qualquer ambiente de trabalho passa essencialmente pela governança, que deve prezar por:

 

  • transparência na gestão;

  • cumprimento de leis e regulamentações;

  • ética nos negócios;

  • boa gestão dos recursos financeiros;

  • protocolos de segurança;

  • combate à corrupção. 

 

Nesse contexto, o ESG é de grande importância para o agronegócio brasileiro. Vários são os exemplos de sua adoção nas cadeias produtivas agrícolas do país, sobretudo por conta dos acordos envolvendo o combate às mudanças climáticas, como a Moratória da Soja e, mais recentemente, a EUDR. 

 

 

ESG no agro: o papel da Moratória da Soja e da EUDR

 

Um dos principais impactos do ESG no agro é na cadeia produtiva da soja. A cobrança externa para que a oleaginosa seja produzida de forma sustentável, livre de desmatamento, é cada vez maior.

 

Uma das primeiras ações realizadas por associações que representam empresas do setor que atuam no Brasil foi o pacto da Moratória da Soja, criado em 2006. 

 

Agora, produtores rurais e toda a cadeia produtiva da soja precisam se adequar também às normas da EUDR, a lei antidesmatamento aprovada pela União Europeia em 2023.

 

Tanto a Moratória quanto a EUDR versam sobre a proibição de compra de soja oriunda de áreas desmatadas, mas com algumas particularidades.

 

Enquanto a Moratória leva em conta áreas desmatadas no bioma Amazônia até 22 de julho de 2008, a EUDR amplia a data limite até 31 de dezembro de 2020, mas em qualquer bioma brasileiro

 

Além disso, a EUDR também abrange outras culturas agrícolas: café, óleo de palma, madeira, cacau, carne bovina, couro e borracha. E exige também que todo produto seja rastreável e em conformidade com as normas de ESG.

 

A obrigatoriedade da aplicação das normas da EUDR, no entanto, começam a partir de dezembro de 2025 para grandes empresas e em junho de 2026 para micro e pequenas empresas, ao contrário da Moratória da Soja, que já está em prática desde 2008.

 

Mas, apesar de já vir sendo cumprida, a Moratória da Soja tem muitos desafios, sobretudo relacionados ao monitoramento via satélite de áreas de soja em desconformidade.

 

Dados recentes da SpectraX confirmaram, por exemplo, que há 328 mil hectares plantados com soja em áreas desmatadas depois de 2008 nos estados do Mato Grosso e no Pará, o que demonstra a necessidade de um monitoramento ambiental mais efetivo. 

 

 

Uso do sensoriamento remoto e IA no monitoramento sustentável da soja

 

O sensoriamento remoto e a IA (inteligência artificial) são ferramentas fundamentais para o cumprimento efetivo das normas de ESG no agro, e mais especificamente na cadeia produtiva da soja.

 

O sensoriamento remoto utiliza imagens de satélite e drones para capturar dados espectrais da vegetação, permitindo a análise de características como vigor, estresse hídrico e biomassa. Esses dados são processados por algoritmos de IA, que treinam modelos para identificar padrões específicos na soja.

 

Estudos de cientistas da SpectraX mostram que soluções automatizadas são 5 vezes mais eficientes que métodos tradicionais na identificação do desmatamento ilegal.

 

Este artigo científico demonstra que a combinação de sensoriamento remoto com IA reduz em 78% os falsos positivos no monitoramento da Moratória da Soja.

 

Essa precisão é alcançada por meio de redes neurais e técnicas de aprendizado profundo, que analisam variações nos índices espectrais (como NDVI e EVI) e as comparam com bases históricas, identificando áreas de risco com maior confiabilidade.

 

Além disso, é uma precisão crítica para produtores rurais e traders que precisam comprovar conformidade com as regulamentações rigorosas, como a própria Moratória e a EUDR.

 

Outra pesquisa, que também teve participação de pesquisadores da SpectraX, mostra que a combinação de sensoriamento remoto e aprendizado de máquina garante mais precisão na identificação de cultivares de soja.

 

Técnicas como Random Forest e SVM (Support Vector Machines) utilizam características espectrais para diferenciar variedades com alta acurácia, otimizando a rastreabilidade e a gestão produtiva.

 

Os cientistas demonstraram também a importância do uso de sistemas automatizados para o monitoramento da soja, em estudo publicado na Computers and Electronics in Agriculture.

 

 

Garanta sustentabilidade na soja com a plataforma de ESG da SpectraX

 

A sustentabilidade da soja é garantida com a plataforma de ESG da SpectraX. Com apenas alguns cliques você tem acesso a dezenas de informações sobre qualquer área de produção que precisar. 

 

A plataforma simplifica a análise territorial, fornecendo dados precisos sobre conformidade ambiental, monitoramento do CAR, mudanças no uso do solo e muito mais.

 

Confira neste vídeo:

 

 

 

 

Conheça o relatório de ESG da SpectraX e garanta conformidade com a EUDR e Moratória da Soja.

 

 

Conclusão

O ESG no agro, em especial na cadeia produtiva da soja, tem chamado a atenção para a necessidade de uma produção que seja rentável e ambientalmente sustentável.

 

Normas como a da Moratória da Soja e a da EUDR impulsionam produtores e indústria a realizarem um monitoramento ambiental mais eficiente com vistas ao cumprimento das exigências para comercialização da oleaginosa no mercado global.

 

Tecnologias de sensoriamento remoto e IA, com algoritmos cientificamente comprovados, são a melhor solução para a garantia das normas de forma integral, com transparência e ética na geração das informações.

 

A SpectraX trabalha para fornecer a você a melhor solução para o cumprimento do seu ESG. Não perca tempo: fale agora com um especialista!